Facebook Limita Acesso A Notícias De Gaza Durante Conflito Com Israel
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Facebook Limita Acesso a Notícias de Gaza Durante Conflito com Israel

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    • Facebook limitou o alcance de notícias palestinas durante a guerra.
    • Canais de notícias em Gaza e Cisjordânia tiveram queda de engajamento de 77%.
    • Meta nega que tenha suprimido vozes palestinas intencionalmente.
    • Jornalistas de fora enfrentam dificuldades para entrar em Gaza.
    • Mudanças nas políticas da Meta foram feitas devido a conteúdo de ódio.

    A Restrição do Alcance das Notícias Palestinas no Facebook

    O Impacto da Guerra nas Redes Sociais

    Durante a guerra entre Israel e Gaza, as redes sociais se tornaram essenciais para a disseminação de informações. Uma pesquisa da BBC revela que o Facebook limitou severamente a capacidade dos veículos de notícias palestinos de se conectar com o público.

    Queda no Engajamento

    Desde outubro de 2023, canais de imprensa nos territórios palestinos, como Gaza e Cisjordânia, enfrentaram uma queda drástica no engajamento do público. Isso é preocupante, pois o engajamento reflete o impacto que uma conta de rede social tem sobre seus seguidores. Após os ataques do Hamas em 7 de outubro, houve uma diminuição de 77% no envolvimento do público nas páginas de notícias palestinas.

    A Resposta da Meta

    A Meta, dona do Facebook e do Instagram, nega que tenha suprimido vozes específicas. Um porta-voz afirmou que qualquer sugestão nesse sentido é “inequivocamente falsa”. No entanto, documentos vazados indicam que o Instagram aumentou a moderação dos comentários de usuários palestinos após outubro de 2023.

    A Importância das Redes Sociais

    Com a escassez de jornalistas estrangeiros em Gaza, as redes sociais preencheram um vazio importante. Páginas como Palestine TV, Wafa e Al-Watan News tornaram-se fontes vitais de informações para pessoas ao redor do mundo.

    Comparação com Notícias Israelenses

    Para entender melhor a situação, a BBC analisou páginas de 20 organizações de notícias israelenses, como Yediot Ahronot e Israel Hayom. Enquanto o engajamento nas páginas palestinas caiu, as israelenses viram um aumento de quase 37% no envolvimento do público, levantando questões sobre a equidade nas plataformas sociais.

    Medidas Temporárias da Meta

    A Meta reconheceu que implementou “medidas temporárias” em resposta ao conflito, tentando equilibrar a liberdade de expressão e suas políticas internas. A empresa mencionou que páginas que publicam exclusivamente sobre a guerra têm mais chances de sofrer restrições no engajamento.

    O Desafio dos Jornalistas Palestinos

    Apesar dos desafios e riscos, muitos jornalistas palestinos continuam a trabalhar e compartilhar informações. Desde o início do conflito, estima-se que 137 jornalistas palestinos tenham perdido a vida em Gaza. A determinação deles em continuar a compartilhar conteúdo é admirável.

    Conclusão

    A situação das notícias palestinas nas redes sociais é complexa e cheia de nuances. Enquanto as plataformas tentam lidar com conteúdo de ódio e desinformação, a voz dos jornalistas palestinos está sendo silenciada. A luta pela liberdade de expressão e pela visibilidade das vozes palestinas continua, mesmo em meio a desafios significativos.