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Austrália proíbe acesso de crianças a redes sociais e Brasil debate proteção para jovens online

    • Austrália proíbe acesso a redes sociais para menores de 16 anos.
    • Empresas devem criar mecanismos para bloquear o acesso de crianças e adolescentes.
    • Prazo de um ano para plataformas se adaptarem, com multas para descumprimento.
    • Brasil discute projeto para proteger crianças na internet e exigir autorização dos pais.
    • Empresas como Meta e Snap expressaram preocupações sobre novas regras.

    A Nova Era da Segurança Online para Jovens

    Mudanças na Austrália

    Recentemente, a Austrália deu um passo ousado ao aprovar uma proposta que limita o acesso de crianças e adolescentes a redes sociais. A lei, que proíbe o uso dessas plataformas por menores de 16 anos, é a primeira do tipo no mundo. Embora o projeto tenha passado pelo Senado, ele ainda precisa ser revisado pela Câmara, mas o governo já indicou que a aprovação é quase certa.

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    Com essa nova legislação, plataformas populares como Instagram, Facebook, TikTok, X, Snapchat e Reddit terão um ano para implementar mecanismos que impeçam o acesso de menores. Se não cumprirem essa exigência, poderão enfrentar multas que podem chegar a 50 milhões de dólares australianos, equivalente a aproximadamente R$ 195 milhões.

    O Que Fica de Fora?

    Porém, nem todas as plataformas estão sujeitas a essa nova regra. O YouTube, por exemplo, não precisará realizar verificação de idade, pois os parlamentares acreditam que a plataforma oferece conteúdo educativo. Além disso, aplicativos de mensagens e jogos online também não estão incluídos na regulamentação.

    Outros Exemplos pelo Mundo

    Enquanto isso, a preocupação com a segurança online de jovens está crescendo em outras partes do mundo. Em outubro, o governo da Noruega apresentou uma proposta que aumenta a exigência de autorização dos pais para menores de 15 anos. O estado de Nova York aprovou uma lei que exige consentimento dos pais para que menores de 18 anos utilizem plataformas que operam com algoritmos de recomendação. Essa legislação, conhecida como a Lei da Suspensão da Exploração de Feeds Viciantes para Crianças, visa evitar que algoritmos mantenham usuários viciados em conteúdo.

    O Que Está Acontecendo no Brasil?

    No Brasil, a discussão sobre a proteção de crianças e adolescentes na internet está em andamento. Um projeto que busca aumentar a segurança online foi aprovado na Comissão de Direito Digital do Senado. Se não houver obstruções, o projeto seguirá para análise na Câmara e, posteriormente, para o presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

    O projeto brasileiro inclui várias medidas, como:

    • Dever de Cuidado: As redes sociais devem adotar medidas para proteger os menores.
    • Verificação de Idade: Para impedir o acesso a conteúdos impróprios.
    • Restrição Publicitária: Limitar a publicidade direcionada a crianças.
    • Remoção de Conteúdos: Exigir a remoção de conteúdos relacionados a exploração e abuso sexual infantil, mesmo sem ordem judicial.

    Reações das Empresas

    Após a aprovação da proposta na Austrália, um representante da Meta, empresa que possui o Instagram, Facebook e WhatsApp, expressou que respeita a nova lei, mas manifestou preocupação com o processo, afirmando que não levou em conta as evidências e práticas atuais da indústria para garantir experiências adequadas à idade.

    A Snap, dona do Snapchat, afirmou que cumprirá as novas leis na Austrália, mas levantou preocupações sobre a eficácia da nova regra.

    O Futuro da Internet para Jovens

    Essas mudanças em diferentes países refletem uma crescente preocupação com a segurança de crianças e adolescentes no ambiente digital. À medida que as redes sociais se tornam uma parte importante da vida cotidiana, é fundamental que as legislações acompanhem essa evolução.

    Os pais, educadores e responsáveis devem estar atentos a essas mudanças e se envolver na discussão sobre como garantir um ambiente online mais seguro para os jovens. Além disso, é importante que as plataformas façam sua parte, criando ambientes mais seguros e respeitando as novas legislações que estão surgindo em todo o mundo.